quarta-feira, 16 de junho de 2010
Vanguart e Supercolor no Ambiental Bar
Os cuiabanos do Vanguart desembarcam em Curitiba na próxima sexta-feira (18) como parte do Projeto Brasil Independente, que desde 2008 reúne no Ambiental Bar atrações do cenário independente de todo o Brasil.
A banda – que em março abriu os shows do Coldplay em São Paulo e no Rio de Janeiro – traz à capital paranaense o show do CD e DVD “Multishow Registro: Vanguart”, gravado em 2009.
O grupo é formado por Helio Flanders (vocais, violão, gaita), David Dafré (vocais, guitarra), Reginaldo Lincoln (vocais, baixo), Luiz Lazzaroto (vocais, teclado) e Douglas Godoy (bateria). Em 2007, lançou o primeiro disco, “Vanguart”, encartado na revista Outracoisa — publicação independente do músico Lobão. Este ano a banda deverá entrar em estúdio para gravação do novo álbum.
A abertura do show fica por conta da banda curitibana Supercolor. A trupe – formada por Igor Cordeiro (voz e guitarra), Rick Pacheco (guitarra), Vitor Miranda (baixo), Julio Rossi (bateria), Will Robson (trombone) e Cleber Bittencourt (trompete) – acabou de gravar o primeiro EP com quatro músicas, produzido por Xandão Meneses, produtor e guitarrista do Rappa. A banda promete disponibilizar as faixas em breve!
SERVIÇO:
Projeto Brasil Independente com Vanguart e Supercolor
Quando: Sexta-feira (18/06), a partir das 22h
Onde: Ambiental Bar (Itupava, 1133 – Alto XV)
Informações: 41 3023-0903
LOTE PROMOCIONAL: R$ 15,00
Informações de Rudney Flores
http://www.ambientalbar.com.br
http://www.myspace.com/vanguart
http://www.myspace.com/bandasupercolor
segunda-feira, 14 de junho de 2010
“Caractere(s): Retratos em Preto e Branco” de Tom Lisboa
“Caractere(s): Retratos em Preto e Branco”, do artista visual Tom Lisboa, é o nome da instalação fotográfica que o Paço da Liberdade Sesc Paraná apresenta a partir de 16 de junho. A mostra conta com 64 retratos escritos de personagens emblemáticos da literatura brasileira.
A imaginação do espectador é posta à prova porque todas as figuras humanas retratadas são, à primeira vista, invisíveis. O que revela as fisionomias e os contornos destes personagens é a leitura dos textos que foram colocados no lugar de cada imagem. Basta ler para ver.
O catálogo traz obras que podem ser destacadas e enviadas pelo correio ou espalhadas pela cidade. Deste modo, o visitante pode dar continuidade ao trabalho de intervenção proposto na exposição.
A abertura da exposição acontece no dia 16 de junho, às 19 horas e tem entrada franca.
Serviço: Exposição “Caractere(s): Retratos em Preto e Branco” de Tom Lisboa. 16 de junho a 19 de setembro no Paço da Liberdade SESC Paraná. Praça Generoso Marques, 189, Centro. Informações 3234 4200. pacodaliberdade@sescpr.com.br . www.sescpr.com.br .
sexta-feira, 11 de junho de 2010
Diversidade em cores
Na próxima segunda-feira (14.jun), a artista plástica Sila Lima apresenta duas novas coleções na abertura da exposição Diversidade, que acontece no Espaço de Arte Jayabujamra, do Hotel Mabu da Praça Santos Andrade. Ao lado de mais cinco artistas, Sila irá expor as séries Caleidoscópios e Tapete Imágico, elaboradas com a técnica da arte digital, que combina fotos com interferências e pintura. As obras ficam em exposição até o dia 5 de agosto.
A volta do "Clubinho"
Perto de completar 10 anos, o Clube Vibe reabre neste sábado (12) com a apresentação do DJ Mau Mau. Com espaço totalmente reformado e ampliado, o clube ampliou sua capacidade para 600 pessoas.
A casa ganhou um piso superior com deck externo com vista para a cidade. O salão principal agora tem um pé direito mais alto, onde foi instalado um novo sistema de iluminação de altíssima tecnologia, importado da Alemanha e montado pela empresa G-Lec. Tudo isso aliado ao sound system ainda mais potente, que promete surpreender os convidados e trazer o que há de melhor no universo das pistas eletrônicas em todo mundo.
A Vibe fica na Rua Desembargador Motta, 2311, no Batel. Os ingressos antecipados podem ser adquiridos nas Livrarias Curitiba. Outras informações pelo telefone (41) 3284 3344 ou pelo site www.clubvibe.com.br.
Serviço:
Confira a programação do Club Vibe:
(Junho)
18/6 - Sexta-feira
* Gromma
* Aninha (Robótika)
* Rodrigo Carreira (Synk)
* Rodrigo Nickel (Origami/Decibel)
19/6 – Sábado
* Gustavo Bravetti Live
* Eduardo Esquivel (Uruguay)
* Stephan
25/6 - Sexta-feira
* Oliver Huntemann (Alemanha)
* Gabriel Boni (Smartbiz)
* Soundman Pako
26/6 – Sãbado
* Mario Deluca (Upfrontsound)
* Branko (Upfrontsound)
* Mauricio (Vibe)
(Julho)
2/7 – Sexta-feira
* Glocal (3Plus)
3/7 – Sábado
* Felipe Valenzuela (Cadenza/Chile)
9/7 – Sexta-feira
* Guillaume & The Coutu Dumonts Live (Canadá)
10/7 - Sábado
* Renato Ratier (D-Edge)
23/7 – Sexta-feira
* Thomas Schumacher (Physical Music/Alemanha)
30/7 – Sexta-feira
* Dop Live (França)
(Agosto)
7/8 – Sábado
* Loko e Luthier Live (Argentina)
13/8 – Sexta-feira
* Emerson (Alemanha)
20/8 – Sexta-feira
* Sébastien Léger (Mistakes Music/França)
23/9 - Quinta-feira
* Stephan Bodzin (Herzblut/Alemanha)
A casa ganhou um piso superior com deck externo com vista para a cidade. O salão principal agora tem um pé direito mais alto, onde foi instalado um novo sistema de iluminação de altíssima tecnologia, importado da Alemanha e montado pela empresa G-Lec. Tudo isso aliado ao sound system ainda mais potente, que promete surpreender os convidados e trazer o que há de melhor no universo das pistas eletrônicas em todo mundo.
A Vibe fica na Rua Desembargador Motta, 2311, no Batel. Os ingressos antecipados podem ser adquiridos nas Livrarias Curitiba. Outras informações pelo telefone (41) 3284 3344 ou pelo site www.clubvibe.com.br.
Serviço:
Confira a programação do Club Vibe:
(Junho)
18/6 - Sexta-feira
* Gromma
* Aninha (Robótika)
* Rodrigo Carreira (Synk)
* Rodrigo Nickel (Origami/Decibel)
19/6 – Sábado
* Gustavo Bravetti Live
* Eduardo Esquivel (Uruguay)
* Stephan
25/6 - Sexta-feira
* Oliver Huntemann (Alemanha)
* Gabriel Boni (Smartbiz)
* Soundman Pako
26/6 – Sãbado
* Mario Deluca (Upfrontsound)
* Branko (Upfrontsound)
* Mauricio (Vibe)
(Julho)
2/7 – Sexta-feira
* Glocal (3Plus)
3/7 – Sábado
* Felipe Valenzuela (Cadenza/Chile)
9/7 – Sexta-feira
* Guillaume & The Coutu Dumonts Live (Canadá)
10/7 - Sábado
* Renato Ratier (D-Edge)
23/7 – Sexta-feira
* Thomas Schumacher (Physical Music/Alemanha)
30/7 – Sexta-feira
* Dop Live (França)
(Agosto)
7/8 – Sábado
* Loko e Luthier Live (Argentina)
13/8 – Sexta-feira
* Emerson (Alemanha)
20/8 – Sexta-feira
* Sébastien Léger (Mistakes Music/França)
23/9 - Quinta-feira
* Stephan Bodzin (Herzblut/Alemanha)
quinta-feira, 10 de junho de 2010
Agenda amiga
Sexta-feira, 11/06 no Dom Corleone
Bandas: Os Garotos Chineses + Mary Jane +Rollmops
Discotecagem: Garage Shock,
Bozo Krusty & Lucas Chavo
Sábado 12/06 no Chinasky
Banda: Easy Players
Bandas: Os Garotos Chineses + Mary Jane +Rollmops
Discotecagem: Garage Shock,
Bozo Krusty & Lucas Chavo
Sábado 12/06 no Chinasky
Banda: Easy Players
Uma invulgar visão da Street Art curitibana
O professor de Sociologia da Universidade Federal do Paraná, fotógrafo e pesquisador de arte urbana Angelo José da Silva lança na próxima quarta-feira, dia 16, na Itiban Comics Shop, o livro “Em Busca do Paraíso Perdido”, em que retrata, de forma peculiar, o universo da Street Art curitibana. A obra, feita de forma artesanal (impressa, cortada, montada, colada e costurada à mão), funde algumas das principais técnicas de registro e reprodução de imagens. “Os trabalhos captados nas ruas ao longo dos últimos dez anos foram fotografados com uso de filme; os fotogramas foram lidos por um scanner e, depois, convertidos em telas de serigrafia, que são a matriz de impressão do livro”, explica Angelo.
Além de esteticamente muito interessante, o livro também condensa em termos práticos diversos conceitos e aproximações teóricas feitos por Angelo em suas pesquisas como sociólogo - ele é coordenador do Centro de Estudos de Cultura e Imagem da América Latina da UFPR. “Além de trabalhar com a imagem em termos sociológicos, também busquei somar elementos de fotografia, estudos urbanos e estudos da emoção. Não de forma acadêmica, mas alquímica”, sintetiza.
Além de esteticamente muito interessante, o livro também condensa em termos práticos diversos conceitos e aproximações teóricas feitos por Angelo em suas pesquisas como sociólogo - ele é coordenador do Centro de Estudos de Cultura e Imagem da América Latina da UFPR. “Além de trabalhar com a imagem em termos sociológicos, também busquei somar elementos de fotografia, estudos urbanos e estudos da emoção. Não de forma acadêmica, mas alquímica”, sintetiza.
O livro foi editado por Daniel Barbosa, da editora Caderno Listrado. O próprio Daniel, que é street artist, teve alguns de seus trabalhos fotografados. “Há várias obras sobre a Street Art, mas elas são produzidas pelos próprios artistas. Uma das principais virtudes do livro do Angelo, penso eu, reside no fato de ser a obra de um observador comum – incomum, na verdade - dessas manifestações.”
Por sua proposta e seu caráter artesanal, o livro tem tiragem limitada: são apenas duzentos exemplares, numerados e assinados pelo autor. Destes, cinqüenta compõem uma espécie de “edição especial” – eles vêm acondicionados em pequenas caixas de madeira. “Quisemos oferecer um livro que fosse, em si, uma obra de arte. Que expressasse nossa estima pela Street Art, pela fotografia, pelas técnicas tradicionais de impressão e encadernação. Acredito que alcançamos esse objetivo”, afirma Angelo.
Ficha Técnica:
Lançamento do livro “Em Busca do Paraíso Perdido”, de Angelo José da Silva.
Data: 16.06.2010 (quarta-feira), 19 horas.
Endereço: Itiban Comics Shop – Av. Silva Jardim, 845 – Rebouças (ao lado da UTFPR) – Telefone: (41) 3232-5367.
quarta-feira, 9 de junho de 2010
A Copa é Pop - África do Sul
Cassiano Fagundes especial para Deluxe
Para quem gosta de música, a riqueza do país é grande e estonteante. Não importa se você vai assistir aos jogos pela televisão ou se será um dos privilegiados a visitar o país durante o evento maior do futebol: será tudo mais emocionante depois de conhecer os sons que embalam um lugar que tem encantado as pessoas desde a idade da pedra.
Longa história musical
A música sul africana popular nasceu do encontro de culturas bem distintas. De um lado, uma tradição de harmonias vocais que remonta há milênios, e que é uma das faces mais conhecidas do país, com grupos com sucesso internacional como Ladysmith Black Mambazo:
Do outro, o jazz sul africano, que começou com a influência do ragtime e do swing americano. Os músicos incorporaram a eles tradições musicais nativas, e assim apareceu o marabi, ou jazz local. A cantora Miriam Makeba ficou famosa por ser a voz africana desse estilo originalmente norte-americano. O trompetista Hugh Masekela conquistou sucesso internacional levando o jazz africano para os Estados Unidos. E Dollar Brand, que se converteu ao islamismo e mudou o nome para Abdullah Ibrahim, tornou-se um dos maiores jazzistas do continente.
A partir do fim da Primeira Guerra Mundial, os africâneres, brancos de origem holandesa, também começaram a popularizar sua música, com influências europeias e tocada com concertinas e acordeões, com elementos de música country, zydeco e alemã.
Nascimento do pop sul africano
Nos anos 50, como parte de um esforço para encorajar a independência dos nativos bantos, o governo sul africano investiu na Rádio Banto. Sua ideia inicial era que a programação fosse feita de música tradicional negra, mas o país já estava cheio de astros da música popular, e ela naturalmente começou a tocar, e também a ser censurada pelo regime da apartheid.
Na mesma época, o primeiro grande fenômeno pop sul africano veio ao mundo: o pennywhistle jive, também conhecido como kwela. O estilo baseado em flautas, originário da música dos vaqueiros negros e com as estruturas do jazz e do marabi, era tocado por grupos de músicos que se apresentavam nas áreas brancas de Johanesburgo, que muitas vezes eram presos por isso. Os jovens brancos mais rebeldes adotaram o kwela, e o artista Spokes Mashiyane popularizou o estilo com o hit ‘Ace Blues’, e Black Mambazo, com ‘Tom Hark’, canção muito regravada.
Ainda na década de 50, os estilos vocais, o marabi e o kwela se combinaram para formar o mbaqanga. As Mahotella Queens o sintetizam bem:
A música e o apartheid
A grande ebulição cultural dos primeiros momentos da música pop sul africana aconteceu justamente quando o Partido Nacional, que governava o país, adotou medidas para separar mais ainda os brancos dos negros. Os músicos nativos tentavam driblar a proibição de permanência nas áreas dos bares de jazz marabi depois das oito da noite, e passavam toda a madrugada tocando, em jam sessions. Isso acabou sendo benéfico para a cena.
Apartheid significava separação total entre os descendentes de europeus e os povos africanos: trens, restaurantes para cada etnia, e segregação total. Os negros tinham que andar com passaportes para não serem presos, e todos os cidadãos eram classificados em três raças. Em 1962, Nelson Mandela, que fazia parte da resistência contra o regime, foi preso. O clima favoreceu o sucesso da soul music americana e a disseminação do engajamento contra o apartheid.
O rock
A proximidade cultural da África branca com a Europa, principalmente com o Reino Unido, fizeram com que o rock chegasse bem cedo no país. Mas, assim como outros estilos, ele sofreu censuras e perseguições. Mesmo assim, algumas bandas se destacaram, como Rabbitt, da qual fazia parte Trevor Rabin, que mais tarde seria o líder de um dos bastiões do rock progressivo britânico, o Yes, entre 1983 e 1994. Trevor também tocou no Freedom’s Children, grupo que nos anos 60 e 70 desafiou a apartheid e o racismo com seu rock psicodélico. A banda tentou uma carreira em Londres, mas a política britânica contra o regime sul africano fez com que o Freedom’s Children não conseguisse visto de trabalho para tocar no Reino Unido.
No final dos anos 70 e começo dos 80, a urgência do punk rock caiu como uma bomba na África do Sul, atingindo os jovens brancos insatisfeitos com a apartheid em cheio. A cidade de Durban virou o epicentro de uma cena da qual faziam parte Powerage e Wild Youth.
Dessa mesma leva, veio Johnny Clegg, conhecido como ‘O Zulu Branco’, queseria um dos primeiros artistas brancos a desafiarem o governo com uma banda bi racial, a Juluka. Ele fez muito sucesso no mundo inteiro, mesclando o rock ocidental à tradição zulu.
Paul Simon e Graceland
O músico americano Paul Simon prestou um grande serviço à música da África do Sul ao gravar o disco Graceland em 1986 com diversos artistas, entre eles, o grupo Ladysmith Black Mambazo. A gravação não só impulsionou uma carreira internacional muito bem-sucedida do grupo vocal, como abriu as portas para vários outros artistas sul africanos. Na época, alguns acusaram Simon de furar o bloqueio internacional contra o governo do apartheid, mas a ONU o aplaudiu, dizendo que ele promovia talentos negros do país e não oferecia nenhum apoio ao regime. Nos shows internacionais, os exilados Miriam Makeba e Hugh Masekela subiram ao palco para se apresentarem ao lado do americano.
O reggae toma o país
Em 1980, Bob Marley foi convidado a tocar na festa de independência do país vizinho, o Zimbábue. Sua passagem pelo continente marcou uma nova era na música do país, com artistas como Lucky Dube popularizando o reggae em sua fonte primordial, a África.
O pop bubblegum
Enquanto Madonna escrevia a história do pop no mundo todo, nos anos 80, uma música pop eletrônica com muitos teclados e vocais tomou as paradas sul africanas. Aparentemente inofensivo, o estilo bubblegum muitas vezes trazia mensagens políticas, como na canção “We Miss You Manelo”, de Chicco, uma mensagem velada a Nelson Mandela, preso desde os anos 60. A excentricidade de Brenda Fassie também marcou a época.
África do Sul pós-apartheid
Com o fim do regime e a libertação de Nelson Mandela, a música pop sul africana ficou livre das rédeas da censura para experimentar e se expandir. O país viu a explosão do kwaito – o hip hop sul africano de Boom Shaka do ragga, do tecno e do rock alternativo cantado em inglês e na língua africâner.
Recentemente, estilos tradicionais voltaram a gozar de popularidade nas vozes de artistas como Simphiwe Dana e Shwi Nomtekhala, e a música africâner se livrou do complexo de culpa por ter sido uma expressão cultural associada aos opressores do apartheid para se tornar mais um elemento no rico mosaico musical da África do Sul do século 21.
Hoje, o país recebe turnês de artistas internacionais, exporta música para o mundo todo e promove festivais como o Oppikoppi. A Cidade do Cabo se tornou um pólo do rock independente e do underground, enquanto Bloemfontein, é famosa por sua cena heavy metal. A banda de rock The Parlotones é de Johanesburgo, e tocará na cerimônia oficial de abertura da Copa 2010 em Soweto, no dia de 10 de junho. Ela dividirá o palco com Black Eyed Peas, Alicia Keys, Shakira e outros.
Os independentes BLK JKS trazem um som original, muito elogiado pela crítica americana e europeia.
A África do Sul é POP
Um país rico em culturas populares e tradicionais que não param de se misturar. Uma terra que ainda sofre com a má distribuição de renda e a violência, sequelas das décadas sob o domínio de um regime autoritário,. Um povo disposto a encarar o futuro com o peito aberto. As semelhanças com o Brasil não param por aí, e as diferenças são fascinantes.
Aproveite a Copa para conhecer a África do Sul através de sua música vibrante e de suas diversas cores.
Nossa viagem pela música pop dos países da Copa 2010 começa pela anfitriã, a África do Sul. Em uma nação com 11 línguas oficiais, é de se esperar uma babilônia de expressões culturais e artísticas que se misturam na historicamente irrequieta ponta do continente.
Para quem gosta de música, a riqueza do país é grande e estonteante. Não importa se você vai assistir aos jogos pela televisão ou se será um dos privilegiados a visitar o país durante o evento maior do futebol: será tudo mais emocionante depois de conhecer os sons que embalam um lugar que tem encantado as pessoas desde a idade da pedra.
Longa história musical
A música sul africana popular nasceu do encontro de culturas bem distintas. De um lado, uma tradição de harmonias vocais que remonta há milênios, e que é uma das faces mais conhecidas do país, com grupos com sucesso internacional como Ladysmith Black Mambazo:
Do outro, o jazz sul africano, que começou com a influência do ragtime e do swing americano. Os músicos incorporaram a eles tradições musicais nativas, e assim apareceu o marabi, ou jazz local. A cantora Miriam Makeba ficou famosa por ser a voz africana desse estilo originalmente norte-americano. O trompetista Hugh Masekela conquistou sucesso internacional levando o jazz africano para os Estados Unidos. E Dollar Brand, que se converteu ao islamismo e mudou o nome para Abdullah Ibrahim, tornou-se um dos maiores jazzistas do continente.
Os zulus trouxeram o Isicathamiya, estilo baseado em harmonias vocais bem trabalhadas, que se misturou com a música religiosa trazida pelos missionários cristãos no século 19 e deu origem ao gospel sul africano, a primeira forma popular de música nacional. Nos anos 30, as tradições vocais fariam nascer um tipo de a capella original, que se espalhou da região de Natal para o resto do país. Os coros de vozes sul africanos estão entre as formas musicais mais belas que existem.
Todos os sábados, em Johanesburgo, trabalhadores migrantes zulus competem com seus corais de Isicathamiya em um albergue da cidade. Eles incorporam elementos da cultura afro-americana e dos crooners, em sua música tradicional.A partir do fim da Primeira Guerra Mundial, os africâneres, brancos de origem holandesa, também começaram a popularizar sua música, com influências europeias e tocada com concertinas e acordeões, com elementos de música country, zydeco e alemã.
Nascimento do pop sul africano
Nos anos 50, como parte de um esforço para encorajar a independência dos nativos bantos, o governo sul africano investiu na Rádio Banto. Sua ideia inicial era que a programação fosse feita de música tradicional negra, mas o país já estava cheio de astros da música popular, e ela naturalmente começou a tocar, e também a ser censurada pelo regime da apartheid.
Na mesma época, o primeiro grande fenômeno pop sul africano veio ao mundo: o pennywhistle jive, também conhecido como kwela. O estilo baseado em flautas, originário da música dos vaqueiros negros e com as estruturas do jazz e do marabi, era tocado por grupos de músicos que se apresentavam nas áreas brancas de Johanesburgo, que muitas vezes eram presos por isso. Os jovens brancos mais rebeldes adotaram o kwela, e o artista Spokes Mashiyane popularizou o estilo com o hit ‘Ace Blues’, e Black Mambazo, com ‘Tom Hark’, canção muito regravada.
Ainda na década de 50, os estilos vocais, o marabi e o kwela se combinaram para formar o mbaqanga. As Mahotella Queens o sintetizam bem:
A música e o apartheid
A grande ebulição cultural dos primeiros momentos da música pop sul africana aconteceu justamente quando o Partido Nacional, que governava o país, adotou medidas para separar mais ainda os brancos dos negros. Os músicos nativos tentavam driblar a proibição de permanência nas áreas dos bares de jazz marabi depois das oito da noite, e passavam toda a madrugada tocando, em jam sessions. Isso acabou sendo benéfico para a cena.
Apartheid significava separação total entre os descendentes de europeus e os povos africanos: trens, restaurantes para cada etnia, e segregação total. Os negros tinham que andar com passaportes para não serem presos, e todos os cidadãos eram classificados em três raças. Em 1962, Nelson Mandela, que fazia parte da resistência contra o regime, foi preso. O clima favoreceu o sucesso da soul music americana e a disseminação do engajamento contra o apartheid.
O rock
A proximidade cultural da África branca com a Europa, principalmente com o Reino Unido, fizeram com que o rock chegasse bem cedo no país. Mas, assim como outros estilos, ele sofreu censuras e perseguições. Mesmo assim, algumas bandas se destacaram, como Rabbitt, da qual fazia parte Trevor Rabin, que mais tarde seria o líder de um dos bastiões do rock progressivo britânico, o Yes, entre 1983 e 1994. Trevor também tocou no Freedom’s Children, grupo que nos anos 60 e 70 desafiou a apartheid e o racismo com seu rock psicodélico. A banda tentou uma carreira em Londres, mas a política britânica contra o regime sul africano fez com que o Freedom’s Children não conseguisse visto de trabalho para tocar no Reino Unido.
No final dos anos 70 e começo dos 80, a urgência do punk rock caiu como uma bomba na África do Sul, atingindo os jovens brancos insatisfeitos com a apartheid em cheio. A cidade de Durban virou o epicentro de uma cena da qual faziam parte Powerage e Wild Youth.
Dessa mesma leva, veio Johnny Clegg, conhecido como ‘O Zulu Branco’, queseria um dos primeiros artistas brancos a desafiarem o governo com uma banda bi racial, a Juluka. Ele fez muito sucesso no mundo inteiro, mesclando o rock ocidental à tradição zulu.
Paul Simon e Graceland
O músico americano Paul Simon prestou um grande serviço à música da África do Sul ao gravar o disco Graceland em 1986 com diversos artistas, entre eles, o grupo Ladysmith Black Mambazo. A gravação não só impulsionou uma carreira internacional muito bem-sucedida do grupo vocal, como abriu as portas para vários outros artistas sul africanos. Na época, alguns acusaram Simon de furar o bloqueio internacional contra o governo do apartheid, mas a ONU o aplaudiu, dizendo que ele promovia talentos negros do país e não oferecia nenhum apoio ao regime. Nos shows internacionais, os exilados Miriam Makeba e Hugh Masekela subiram ao palco para se apresentarem ao lado do americano.
O reggae toma o país
Em 1980, Bob Marley foi convidado a tocar na festa de independência do país vizinho, o Zimbábue. Sua passagem pelo continente marcou uma nova era na música do país, com artistas como Lucky Dube popularizando o reggae em sua fonte primordial, a África.
O pop bubblegum
Enquanto Madonna escrevia a história do pop no mundo todo, nos anos 80, uma música pop eletrônica com muitos teclados e vocais tomou as paradas sul africanas. Aparentemente inofensivo, o estilo bubblegum muitas vezes trazia mensagens políticas, como na canção “We Miss You Manelo”, de Chicco, uma mensagem velada a Nelson Mandela, preso desde os anos 60. A excentricidade de Brenda Fassie também marcou a época.
África do Sul pós-apartheid
Com o fim do regime e a libertação de Nelson Mandela, a música pop sul africana ficou livre das rédeas da censura para experimentar e se expandir. O país viu a explosão do kwaito – o hip hop sul africano de Boom Shaka do ragga, do tecno e do rock alternativo cantado em inglês e na língua africâner.
Recentemente, estilos tradicionais voltaram a gozar de popularidade nas vozes de artistas como Simphiwe Dana e Shwi Nomtekhala, e a música africâner se livrou do complexo de culpa por ter sido uma expressão cultural associada aos opressores do apartheid para se tornar mais um elemento no rico mosaico musical da África do Sul do século 21.
Hoje, o país recebe turnês de artistas internacionais, exporta música para o mundo todo e promove festivais como o Oppikoppi. A Cidade do Cabo se tornou um pólo do rock independente e do underground, enquanto Bloemfontein, é famosa por sua cena heavy metal. A banda de rock The Parlotones é de Johanesburgo, e tocará na cerimônia oficial de abertura da Copa 2010 em Soweto, no dia de 10 de junho. Ela dividirá o palco com Black Eyed Peas, Alicia Keys, Shakira e outros.
Os independentes BLK JKS trazem um som original, muito elogiado pela crítica americana e europeia.
A África do Sul é POP
Um país rico em culturas populares e tradicionais que não param de se misturar. Uma terra que ainda sofre com a má distribuição de renda e a violência, sequelas das décadas sob o domínio de um regime autoritário,. Um povo disposto a encarar o futuro com o peito aberto. As semelhanças com o Brasil não param por aí, e as diferenças são fascinantes.
Aproveite a Copa para conhecer a África do Sul através de sua música vibrante e de suas diversas cores.
H.Stern abre temporada do TRUNK SHOW 2010
Um clássico na agenda da H.Stern, realizado desde 1975, o Trunk Show gera expectativa entre clientes em todas as cidades onde é promovido. O evento acontece apenas uma vez por ano em cada loja da joalheria é a melhor oportunidade para reciclar jóias que há muito estavam guardadas. E quem dá início à temporada de 2010 é a H.Stern do Shopping Crystal, que realiza o Trunk Show entre 16 e 19, na semana seguinte é a vez do Park Shopping Barigüi, entre 22 a 26 de junho.
Nesse período, a loja aceita joias usadas como parte do pagamento na compra de novas peças. Os clientes têm o peso do ouro de suas jóias avaliado por um especialista - sempre acima do valor de mercado - e o valor apurado nessa avaliação é imediatamente convertido em crédito para novas compras.
No caso das peças que têm pedras, estas não entram na negociação. Apenas o ouro é considerado. As pedras podem ser devolvidas para o cliente ou usadas para a criação de peças exclusivas, desenhadas com a ajuda de um consultor da joalheria.
Para ajudar os clientes na escolha das novas aquisições, a H.Stern apresenta uma seleção especial de jóias. Há desde peças clássicas como brincos e anéis solitários de diamantes, até criações exclusivas de coleções recentes, como Diane Von Furstenberg e Grupo Corpo.
Trunk Show H.Stern em Curitiba
Shopping Crystal - de 16 a 19 de junho, das 10h às 21h - Tel: (41) 3233.4898
Parkshopping Barigui - de 22 a 26 de junho, das 11h às 22h - Tel: (41)3285-7266
Nesse período, a loja aceita joias usadas como parte do pagamento na compra de novas peças. Os clientes têm o peso do ouro de suas jóias avaliado por um especialista - sempre acima do valor de mercado - e o valor apurado nessa avaliação é imediatamente convertido em crédito para novas compras.
No caso das peças que têm pedras, estas não entram na negociação. Apenas o ouro é considerado. As pedras podem ser devolvidas para o cliente ou usadas para a criação de peças exclusivas, desenhadas com a ajuda de um consultor da joalheria.
Para ajudar os clientes na escolha das novas aquisições, a H.Stern apresenta uma seleção especial de jóias. Há desde peças clássicas como brincos e anéis solitários de diamantes, até criações exclusivas de coleções recentes, como Diane Von Furstenberg e Grupo Corpo.
Trunk Show H.Stern em Curitiba
Shopping Crystal - de 16 a 19 de junho, das 10h às 21h - Tel: (41) 3233.4898
Parkshopping Barigui - de 22 a 26 de junho, das 11h às 22h - Tel: (41)3285-7266
“Isso é Brasil”
Exposição “Isso é Brasil”
Park Gourmet – Park Shopping Barigui
Abertura: 11 de junho, às 18h00
11 de junho a 11 de julho – horário de funcionamento do Shopping
Produção e Estilo: VICTOR SÁLVARO
Direção de Arte: FÁBIO BIONDO
Fotografia: PAULO CIBIN
Videos: FRANNÇA (Fline Films)
Beleza: VINICIUS LAVEZZO (Maquiagem) e THIAGO VILLAS BOAS (Cabelos) – Vimax Beauty
Assistente de Produção: DIEGO DOMINGOS
Modelos: DANIEL BEWALSKI, DIEGO DOMINGOS, ELÍSIA MUNARETO, JOPA MACHADO, MICHELE PICKLER, PAOLA GRANDE, SIDNEI JUNIOR, WALKÍRIA MELNIK
Park Gourmet – Park Shopping Barigui
Abertura: 11 de junho, às 18h00
11 de junho a 11 de julho – horário de funcionamento do Shopping
Walkíria Melnik usa vestido HEROÍNA por Alexandre Linhares. Anéis SILVIA DORING e bola NIKE.
Paola Grande usa vestido KARINA TAQUES. Cinto e fivelas, FLÔR DE VEDETE por Tiça Muniz. Brincos e anéis, SILVIA DORING. Boneca, CRISTIANE CONDE.
FICHA TÉCNICA
Produção Executiva e Direção Artística: COOLTURE CLUBProdução e Estilo: VICTOR SÁLVARO
Direção de Arte: FÁBIO BIONDO
Fotografia: PAULO CIBIN
Videos: FRANNÇA (Fline Films)
Beleza: VINICIUS LAVEZZO (Maquiagem) e THIAGO VILLAS BOAS (Cabelos) – Vimax Beauty
Assistente de Produção: DIEGO DOMINGOS
Modelos: DANIEL BEWALSKI, DIEGO DOMINGOS, ELÍSIA MUNARETO, JOPA MACHADO, MICHELE PICKLER, PAOLA GRANDE, SIDNEI JUNIOR, WALKÍRIA MELNIK
terça-feira, 8 de junho de 2010
Workshop de produção de figurino
Nos próximos dias 11, 18 e 25 de junho, o curso de Design de Moda do Centro Europeu de Curitiba irá apresentar um workshop especial de produção de figurino. As atividades, que visam despertar o interesse pela produção de moda por meio de atividades práticas, tais como a elaboração de conceitos, pesquisas históricas e de tendências, serão comandadas pelas consultoras Patrícia Sabatowitch e Priscila Sottomaior.
Para intensificar o processo de aprendizado, o workshop foi dividido em três módulos: Século XIX La Belle Époque (11/06), Século XX - Anos de 1950 (18/06), Século XX - Anos de 1980 (25/06). Os módulos farão com que os alunos tenham acesso aos períodos mais ricos da história da moda, recebendo todos os subsídios necessários para a elaboração de figurinos com materiais alternativos.
As atividades especiais serão realizadas na sede do curso de Design de Moda do Centro Europeu (Alameda Princesa Izabel, nº 1427), com turmas no período da tarde e da noite. As inscrições custam R$ 280,00 e estão abertas para todos os interessados em adquirir conhecimentos no segmento. Mais informações pelo telefone (41) 3339-6669 ou no site www.centroeuropeu.com.br
Informações da Lide Multimídia
Para intensificar o processo de aprendizado, o workshop foi dividido em três módulos: Século XIX La Belle Époque (11/06), Século XX - Anos de 1950 (18/06), Século XX - Anos de 1980 (25/06). Os módulos farão com que os alunos tenham acesso aos períodos mais ricos da história da moda, recebendo todos os subsídios necessários para a elaboração de figurinos com materiais alternativos.
As atividades especiais serão realizadas na sede do curso de Design de Moda do Centro Europeu (Alameda Princesa Izabel, nº 1427), com turmas no período da tarde e da noite. As inscrições custam R$ 280,00 e estão abertas para todos os interessados em adquirir conhecimentos no segmento. Mais informações pelo telefone (41) 3339-6669 ou no site www.centroeuropeu.com.br
Informações da Lide Multimídia
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