segunda-feira, 1 de fevereiro de 2021

Prêmio New Holland de Fotojornalismo valoriza a força da mulher no campo

ANNA CAROLINA NEGRI PINTO DE SOUZA

As inscrições para a 14ª edição do Prêmio New Holland de Fotojornalismo, uma das premiações de fotografia mais importantes da América do Sul, foram prorrogadas até 28 de fevereiro. No total, incluindo as categorias “Aficionado” e “Profissional”, os prêmios somam R$ 40 mil. Cada participante pode inscrever até 10 imagens e as inscrições são totalmente gratuitas. Elas podem ser feitas pelo site www.premionewholland.com, bastando para isso acessar o menu “Inscreva-se”. O regulamento do prêmio também está disponível no site.

Este ano, o tema do concurso será “Agricultura substantivo feminino” e elegerá as melhores imagens relativas à vida no campo, à cultura da terra e às atividades agrícolas registradas na América do Sul. Serão selecionadas e premiadas as fotografias que valorizam essa realidade e que tiverem melhor enquadramento, beleza estética, contextualização e originalidade.

Categorias

Os trabalhos profissionais concorrerão ao “Grande Prêmio”, no valor de R$ 15 mil, no qual o júri escolherá a melhor fotografia da vida no campo em regiões agrícolas da América do Sul, produzidas para veículos impressos ou on-line nos países participantes, publicadas ou não.

Também haverá o “Prêmio Especial: Máquinas”, também no valor de R$ 15 mil, para a melhor imagem que registre máquinas em operação no campo, na América do Sul, entre todas as imagens inscritas por fotógrafos profissionais. Poderão ser inscritas fotos com produtos e equipamentos do segmento de construção, desde que registradas em atividades agrícolas.

A categoria “Aficionados” também concorrerá ao “Grande Prêmio” e ao “Prêmio Especial: Máquinas”, porém com valor de premiação de R$ 5 mil para cada imagem vencedora. Ao todo o Prêmio New Holland selecionará, além das quatro fotos vencedoras, outras 26 imagens para compor uma exposição itinerante.

Histórico

Em 14 anos de história cerca de 25 mil imagens já foram inscritas no Prêmio New Holland de Fotojornalismo. A organização do evento realizou em torno de 60 workshops e 200 exposições em 115 cidades de cinco países – totalizando um público de 510 mil pessoas –, além de duas lives exclusivas realizadas no ano passado em substituição às tradicionais oficinas. O Prêmio é uma realização da Mano a Mano Produções, apoiado pela Lei de Incentivo à Cultura da Secretaria Especial da Cultura e patrocinado pela New Holland Agriculture e pelo Banco CNH Industrial.


Serviço:
Inscrições para o 14º Prêmio New Holland de Fotojornalismo
Acesse www.premionewholland.com e preencha a Ficha de Inscrição disponível no link “Inscreva-se”. As inscrições são gratuitas.
Cada participante poderá inscrever até 10 fotos.
O prazo se encerra no dia 28 de fevereiro.

sexta-feira, 29 de janeiro de 2021

Jornalista Eduardo Aguiar lança e-book sobre a Revolta da Vacina


Publicação gratuita reúne cartuns e reportagens de jornais de 1904 sobre o marcante episódio

A situação do combate ao Covid-19 no Brasil e a inabilidade do poder público em relação à imunização da população, agravados pelo negacionismo, trazem comparações inevitáveis com a Revolta da Vacina de 1904, quando Oswaldo Cruz tentaria pôr fim a um surto de varíola inoculando toda a população. 

Para chegar o mais próximo possível dessa realidade, o jornalista Eduardo Aguiar consultou na Hemeroteca Digital da Biblioteca Nacional mais de 300 edições de nove diferentes títulos de jornais que circulavam na capital federal em 1904, além de outras fontes, como a Casa de Oswaldo Cruz. O resultado é uma seleção de 60 cartuns, acompanhados de reportagens e declarações, compilados no e-book “A Revolta da Vacina e o Negacionismo dos Positivistas” que revela os bastidores políticos e ajuda a entender um pouco mais do contexto social que levou à famosa passagem da história brasileira.

O jornalista conta que a ideia da publicação surgiu a partir de seu hobby de investigar documentos e reportagens antigas em hemerotecas e bibliotecas pelo mundo.

“Comecei a pesquisa por pura curiosidade, quando me dei conta estava maratonando pelos jornais da capital federal da época. Acabei por sentir o frescor das notícias, o calor dos bate-bocas, o pavor espalhado pelas ruas da cidade em meio ao caos, me coloquei na pele de um cidadão carioca do começo do Séc. XX”, revela Eduardo.


Sobre o autor

Eduardo Aguiar é curitibano, jornalista e fã de história e pesquisa. Trabalhou nos jornais Indústria & Comércio e Gazeta do Povo, onde foi chefe de Redação, passou por várias editorias e trabalhou no planejamento de grandes coberturas. Atualmente coordena a comunicação da Secretaria de Fazenda do Estado do Paraná. Em 2016, fundou a Zelig, criadora de conteúdos. Realizou a pesquisa histórica para o livro “Cem Anos de um hospital de crianças”, sobre o centenário do Hospital Pequeno Príncipe, lançado em 2020. Este é seu primeiro e-book.

Serviço

“A Revolta da Vacina e o Negacionismo dos Positivistas
E-book gratuito
112 páginas
Disponível em http://zelig.digital

terça-feira, 26 de janeiro de 2021

Hospedaria reinaugura na praia de Caieiras em Guaratuba

Pé na areia, vista para o mar e tendo a Mata Atlântica como pano de fundo. É neste cenário que a hospedaria Passaúna Guest House reabriu as portas, na Praia de Caieiras, em Guaratuba.

Após passar por uma reforma, reinaugurou com novos ambientes e ampliação no número de suítes – agora são seis, com uma capacidade total de 20 pessoas, número que representa 50% da lotação original, conforme as medidas preventivas para a Covid-19.

A piscina, localizada na parte da frente do imóvel, continua sendo um dos destaques. A casa ganhou, contudo, um novo mirante e nova ambientação da área comum, com direito a sala de estar aconchegante e mesa de sinuca. 

Com uma atmosfera de hospedaria, a Guest House fica na beira da Praia de Caieiras. O cliente gasta poucos minutos para chegar até o mar caminhando. Todas as suítes e quartos contam com ar-condicionado, frigobar e televisão. O café da manhã caseiro faz parte das diárias, que variam entre R$ 100 e R$ 140 por pessoa (suíte). Há ainda a possibilidade de locar a casa toda para uma só família ou grupo.

Praia de Caieiras
Caieiras é um oásis de tranquilidade mesmo durante a temporada de verão. Com ares de vilarejo, fica entre o mar e a exuberância da Mata Atlântica que cerca a entrada da Baía de Guaratuba. O cenário convida tanto ao relax despreocupado, como opções de lazer como trilhas e mergulhos no mar.

Passaúna Guest House Hospedaria
Rua Projetada A, número 12 - Guaratuba, Paraná
Reservas: (41) 99134-3044
Instagram: @passaunaguesthouse

Mais Cor, Mais Vida mobiliza empresárias na revitalização de escola

Beth, Kátia e Ana

A produtora cultural Beth Capponi está mobilizando empresárias de Curitiba a colaborarem com a revitalização da Escola Estadual Professora Maria Balbina, no bairro do Tarumã. A iniciativa é mais uma ação do Mais Cor, Mais Vida, projeto viabilizado pela Lei de Incentivo à Cultura da Prefeitura Municipal de Curitiba e Fundação Cultural com incentivo da Celepar e Ademilar Consórcio de Imóveis.

Na última semana, a Moca Arquitetura, das arquitetas Katia Azevedo e Ana Sirkoski doou para a escola os projetos arquitetônicos da nova biblioteca, sala de artes e sala de empreendedorismo. A construção dos novos espaços será viabilizada por meio de financiamento coletivo a ser lançado em breve. 


Ação socioambiental e voluntariado 

Durante o mês de janeiro, a segunda edição do Mais Cor, Mais Vida realizou uma série de  intervenções na Escola Estadual Professora Balbina, vítima de um incêndio criminoso em 2017. 

Na primeira semana, as edificações internas ganharam cores com os grafittis de Marciel Conrado, as artes-muralistas de Yvy Capponi e Douglas Reder e o abraço de alunos, professores e funcionários da escola com os lambe-lambes de Estevan Reder. Nesta ação colaboraram como voluntárias as sócias do Estúdio de Arte e Design Hardecore, Heloise Sabatella e Giovana Zardo.

O projeto entregou a pintura do muro externo realizada por artistas convidados, com a retomada da horta em parceria local e uma extensa programação de oficinas artísticas on-line para alunos, professores e o público em geral.


Em outra parceria realizada por Beth, o Mais Cor, Mais Vida se aliou ao Instituto Biológico do Meio Ambiente - BIOMA para fazer a coleta seletiva e o destino apropriado para as embalagens de tinta e lixo gerados pela ação. Como compensação ao impacto ambiental causado pelos resíduos, o BIOMA também fornecerá mudas para o plantio de duzentas árvores frutíferas. 

Para saber mais sobre o projeto visite:

http://maiscormaisvida.com

facebook.com/artemaiscormaisvida

instagram.com/maiscor.maisvida 

segunda-feira, 25 de janeiro de 2021

José Saraiva é finalista no prêmio Off Flip 2021


Com textos inéditos, o escritor, jornalista, músico e advogado José Alexandre Saraiva é finalista nas três categorias do Prêmio Off Flip 2021, Poesia, Conto e Crônica. Autor do livro
“De Labiata a Lagoa da Canoa passando por Tacaratu, via Quipapá ou Caruaru”, Saraiva tem histórico em concursos literários. Em 2020, foi finalista do Conto Brasil, do concurso Parem as Máquinas do Off Flip em três categorias e do Prêmio Internacional de Literatura Cidade Conselheiro Lafayette (MG). Em 2019, De Labiata a Lagoa foi finalista do prêmio da Biblioteca Nacional na categoria Ensaio Literário.

Saraiva lembra que nas três categorias selecionado como finalista, nenhum de seus personagens é de natureza humana. “A natureza, duas rolinhas e um filhote criado com excesso de zelo, um tico-tico e a flor do mandacaru, típica do Nordeste, estão no centro do conto, da crônica e do poema” 

O prêmio - O Prêmio Off Flip dá visibilidade a novos autores de talento, incentiva a criação de literatura em língua portuguesa e proporciona a participação dos vencedores na Festa Literária Internacional de Paraty (Flip), prevista para acontecer em julho de 2021.

Os vencedores serão contemplados com prêmios em dinheiro e cotas de livros. Todos os finalistas serão avaliados por uma curadoria especial e seus textos publicados numa obra, em formato de coletânea, com o selo da Off Flip. Os autores vencedores serão anunciados em março.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2021

Araucarilândia – 90 anos de uma obra fundamental



No dia 29 de janeiro, acontece o lançamento on-line da reimpressão da histórica obra “Araucarilândia”.  Nesta data, está programada a exibição via Youtube do “Concerto às Araucárias”, às 20h e a veiculação da versão digital do livro, com acesso a deficientes visuais. O público também pode conferir, desde já,  nas redes sociais do projeto a série de vídeo-oficinas “Plantão: Planta, Plantinha”. Todo o conteúdo está reunido no site www.araucarilandia.com.br

Araucarilândia é um projeto que publica, pela segunda vez, a edição fac-similar do livro de autoria do explorador e pesquisador autodidata Frederico Carlos Hoehne. A obra foi publicada originalmente em 1930, a partir de uma expedição que partiu de São Paulo e, de trem, passou pelo Paraná e Santa Catarina, observando a beleza das matas e também sua acelerada depredação, com especial destaque às araucárias, protagonistas de seu livro.

Considerada obra rara, Araucarilândia recebeu a primeira impressão em 2014, a partir de projeto do ambientalista curitibano José Álvaro Carneiro - atualmente diretor corporativo do Complexo Pequeno Príncipe. Em menos de um ano, esta edição já estava esgotada e, diante de sua atualidade e da urgência das questões que aponta, Carneiro coordena mais uma vez um projeto de reimpressão. 

No ano em que a primeira edição da obra completa 90 anos, José Álvaro lembra que já no final da década de 1920, Hoehne percebia a profunda inter-relação entre natureza e sociedade, sustentando a ideia de que salvaguardar as florestas significava garantir o futuro. E que, de forma precursora, defendia a preservação ambiental como um direito das gerações futuras. 


Versão on-line, música e oficinas

A nova edição conta com algumas preciosidades que colocam em diálogo o passado e o presente da Floresta Ombófila Mista, carinhosamente denominada por Hoehne: Araucarilândia. Nela, um caderno suplementar com textos de Clóvis Borges, João Paulo Capoabianco e José Álvaro Carneiro, chama a atenção para os caminhos percorridos pelo ambientalismo brasileiro até aqui, e para as potencialidades e desafios a enfrentar hoje. O caderno traz também fotografias de Zig Kock, que em tempos do necessário isolamento social imposto pela pandemia de COVID-19, permitem que o público realize uma viagem pelos vestígios remanescentes desta paisagem. O livro físico e o caderno suplementar terão distribuição gratuita para instituições públicas de ensino, bibliotecas e afins. O público em geral poderá fazer download da versão digital no site do projeto.

Além disso, como forma de estimular os sentidos e sensibilizar para a importância desta reflexão, o projeto realizou o “Concerto às Araucárias”, gravado em vídeo e disponibilizado gratuitamente on-line. Com direção do cineasta Luciano Coelho, a artista Ana Rosa Tezza conduz o leitor, introduzindo as peças do compositor João Pedro Teixeira, executadas por ele e pelo Quarteto das Moiras. 

Como “cereja do bolo” ou como uma “camapu do bolo” o projeto produziu uma série inédita de vídeo-oficinas, já disponível no Facebook e Youtube do projeto. O Plantão: Planta, Plantinha traz, de forma lúdica e leve, o conhecimento tradicional e também científico acerca das PANC – Plantas Alimentícias Não Convencionais. Guiado pelo Mago Jardineiro, o público fica fascinado ao conhecer e reconhecer uma série de plantas comestíveis, muitas vezes vistas como “mato” e que fazem parte, na verdade, da diversidade ambiental brasileira e da indissociável relação entre natureza e cultura.

As oficinas e concerto também estarão disponíveis, via televisores internos, para os pacientes do Hospital Pequeno Príncipe, seus familiares e colaboradores da instituição, contribuindo fundamentalmente para a descentralização do acesso à arte e a cultura.

O projeto Araucarilândia – 90 Anos de uma Obra Fundamental foi viabilizado pela Lei Federal de Incentivo à Cultura, do Ministério do Turismo, e conta com patrocínio de Care plus, Qualirede, Demóbile, Metisa, Agroplan, Merco, Linea Verde, Stampa Foods, GV2C Consulting, AmannGirrbach Brasil.


SERVIÇO:

Araucarilândia – 90 anos de uma obra fundamental
Lançamento online do livro e concerto dia 29 de janeiro de 2020
Concerto às Araucárias, às 20h, via Youtube:
https://www.youtube.com/channel/UCyX0hh0fzJC0F_HwfmGfarA



terça-feira, 19 de janeiro de 2021

Festival de Culturas Tradicionais terá apresentações e oficinas on-line gratuitas


A riqueza cultural de diferentes etnias e manifestações artísticas do Paraná será reunida na internet, em janeiro e fevereiro, com a realização do Festival de Culturas Tradicionais. Adotando o formato on-line por conta da pandemia, o evento será 100% digital, com realização entre os dias 26 de janeiro a 28 de fevereiro. Grupos folclóricos, artesãos e mestres da tradição popular vão participar de seis apresentações, três rodas de conversa e dez oficinas transmitidas pela internet, gratuitamente. As inscrições para participar das oficinas e assistir as apresentações já estão disponíveis na página:
https://www.sympla.com.br/festivaldeculturastradicionais

As atrações confirmadas apresentam um pouco da diversidade de culturas que enriquecem a identidade paranaense e brasileira. O fandango, por exemplo, estará representado com os grupos Fandanguará e Mandicuera. Representando tradições milenares, o grupo Wakaba Taikô apresentará as batidas contagiantes dos tambores japoneses. O grupo Força da Capoeira, por sua vez, expressará as raízes africanas no Brasil.


Wakaba Taiko -Foto: Daniel Castellano

As crianças também vão se divertir com uma programação especial para elas, que conta com o Boi de Mamão, a alegria contagiante do Circo Zanchettini e oficinas que ensinam jogos, brinquedos e atividades para fazer em casa ou na escola.

As 10 oficinas do evento trazem conteúdo diversificado para pais e filhos, professores, e público em geral. O mestre Itaercio Rocha ministrará oficinas que ensinam a fazer o Boi de Mamão e um coração de Conguinho para dançar com estas músicas, Nello Romanov ensina a fazer uma Coroa para desfilar no Carnaval e em festas populares, Cecília Holtman apresenta a arte dos recortes em papel do Wycinanki, tradição polonesa, Yurie Handa ensina a fazer origamis, entre outras aulas online que abordarão desde aulas de castanholas até jogos de tabuleiros das culturas indígenas e africanas.

O evento é organizado pela Olaria Projetos de Arte e Educação, e tem Lia Marchi como curadora e LM Stein como produtor. 

Festival de Culturas Tradicionais – Edição Online
Inscrições gratuitas na página: https://www.sympla.com.br/festivaldeculturastradicionais
De 26 de janeiro a 28 de fevereiro de 2021

segunda-feira, 11 de janeiro de 2021

Fernando Velloso e Yutaka Toyota na reabertura do MON

O Museu Oscar Niemeyer (MON) reabriu ao público no último sábado (9/1) com a inauguração de duas exposições inéditas: “Yutaka Toyota – O Ritmo do Espaço” e “Fernando Velloso por ele mesmo”.

A exposição “Fernando Velloso por ele mesmo” é uma homenagem do MON aos 90 anos de vida do artista curitibano, que segue na ativa. A mostra, com curadoria de Maria José Justino e Fernando Bini, está aberta para visitação na Sala 1 do MON.

O público poderá contemplar seu primeiro trabalho premiado no tempo da Escola de Belas Artes, a produção influenciada por sua passagem por Paris, onde estudou com um dos maiores mestres do Cubismo, passando pelo despontar do apelo irresistível do Abstracionismo e a prolífica produção até as obras mais recentes.

Com mais de 70 anos de vida dedicados à arte, Fernando Velloso enriquece o acervo do MON com quatro obras de sua autoria. São elas: “Grande Composição em Azul”, “Evocação de Elementos Simbólicos”, “Totem da Floresta” e “Partida em Busca do Imaginário”.

O próprio artista define sua pintura como “uma escada”, explicando que cada nova obra tem uma referência da anterior. “Uma vida talvez seja pouco para fazer um bom quadro, de modo que não se pode ficar pulando de um galho a outro. O artista precisa manter a coerência até o fim da vida, principalmente porque de um momento em diante já não tem mais espírito para aventuras perigosas”, afirma Velloso.

Desde muito cedo, Fernando Velloso teve afinidade com o desenho. Essa aptidão levou-o a se matricular na primeira turma de pintura, em 1948, da Escola de Música e Belas Artes do Paraná, onde teve aulas com o artista italiano Guido Viaro. Formou-se também em Direito na Universidade Federal do Paraná, em 1955.

Em Paris, estudou na academia do renomado artista e teórico cubista André Lhote, com quem aperfeiçoou seu processo de estudo e trabalho. Após passar pelo Expressionismo de Guido Viaro e pelo Pós-Cubismo de André Lhote, Velloso ficou encantado pela matéria e pela cor, características da Abstração. E são essas as marcas principais de suas obras. Na década de 1980, Velloso foi além: passou da reprodução da textura, criada até então pelo excesso de tinta, para o uso da renda, por exemplo.

A contribuição de Fernando Velloso para a arte e a cultura paranaense não se limitou à sua produção artística. Participou ativamente de comissões organizadoras em salões de arte e mostras coletivas e foi um dos protagonistas do Movimento de Renovação, que culminou com o Salão dos Pré-Julgados, realizado em decorrência do 14° Salão Paranaense, em 1957.

Ao voltar da França, em 1961, ele passou a atuar como gestor em órgãos culturais do Estado e do município. Um destaque foi a criação e coordenação do Museu de Arte Contemporânea do Paraná (MAC).

Yutaka Toyota

A premiada exposição “Yutaka Toyota – O Ritmo do Espaço” está na Sala 4 do MON. Escultor, pintor, desenhista, gravador e cenógrafo, o artista é também um dos pioneiros do movimento cinético internacional e da arte interativa.

A exposição, com o patrocínio da VONDER e curadoria de Denise Mattar, apresenta 86 obras, uma instalada na área externa do MON. Embora seja retrospectiva do artista, que completará 90 anos em 2021 e continua em pleno vigor criativo, a mostra não é estruturada de forma rigidamente cronológica. Contempla trabalhos produzidos a partir dos anos 1960 em diversos suportes e recebeu, em 2018, o prêmio de Melhor Retrospectiva do Ano pela Associação Paulista dos Críticos de Arte (APCA).

Museu Oscar Niemeyer
Rua Marechal Hermes, 999
Centro Cívico 
Horário de visitação
Terça a domingo, das 10h às 18h
Venda de ingressos e acesso às salas de exposição até 17h30

Ingressos
R$ 20,00 (inteira)
R$ 10,00 (meia-entrada para professores e estudantes com identificação; doadores de sangue; pessoas com deficiência; titulares da ID Jovem; portadores de câncer com documento comprovatório)


sexta-feira, 8 de janeiro de 2021

Escola reconstruída após incêndio recebe ações do Mais Cor, Mais Vida


O ano de 2021 começa com uma ação transformadora no Colégio Estadual Professora Maria Balbina, no bairro do Tarumã. A partir do próximo dia 11, a escola recebe a segunda edição do projeto Mais Cor, Mais Vida. A iniciativa reunirá artistas que farão intervenções de graffiti e lambe-lambe em uma ação social para mudança da arquitetura paisagística das estruturas do colégio.

Viabilizado pela Lei de Incentivo à Cultura da Prefeitura Municipal de Curitiba e Fundação Cultural com incentivo da Celepar e Ademilar, o Mais Cor, Mais Vida também promoverá uma série de oficinas on-line nas áreas de fotografia, dança, arte brasileira, experimentação musical, desenho livre, graffiti e introdução ao audiovisual. As atividades são gratuitas e estarão disponíveis, em um primeiro momento, para alunos e professores do colégio e depois para o público em geral no site http://maiscormaisvida.com.  

Para a idealizadora do projeto, a produtora cultural Beth Capponi, a ação educativa pretende ampliar o repertório cultural das pessoas por meio das oficinas de arte voltadas para a comunidade/escola e professores, juntamente com a curadoria, artistas e organizadores. “Queremos aprofundar o conhecimento nas áreas ofertadas e criar um debate enriquecedor em que o tema central seja a arte brasileira”, lembra Beth.

Do incêndio à transformação

A passagem mais triste do Colégio Estadual Professora Maria Balbina, desde sua fundação em 1981, aconteceu num domingo, dia 12 de março de 2017. Um incêndio criminoso deixou mais de 500 alunos sem aula. O fogo destruiu todo prédio administrativo, local da guarda de toda documentação escolar, dos materiais e recursos didático-pedagógicos e da biblioteca. 

“Foi um ano de muita luta, até que o espaço fosse reconstruído. Porém não deixamos realizar nenhuma das programações definidas no calendário escolar”, conta a professora de artes Maria Alice Fernandes Vieira.

Maria Alice conta que logo após a ocorrência do incêndio ela procurou a produtora Beth Capponi para propor uma ação social e cultural voltada à revitalização do espaço escolar. Como primeira iniciativa foi realizada uma edição do Festival Cirandar e agora o Mais Cor, Mais Vida. 

Para o curador do projeto, Estevan Reder, a ideia central da ação é levar diferentes técnicas artísticas para dentro do colégio. “Nosso objetivo é proporcionar aos alunos, professores e funcionários da escola um contato efetivo com a arte urbana. Acreditamos que com essas ações toda a comunidade envolvida crie um sentimento de pertencimento ao espaço público”, afirma Reder.

Oficinas 

Para concretizar a transformação do espaço, foram convidados artistas com domínio de diferentes técnicas que estarão também ministrando as oficinas: Yvy Capponi – Ilustração, Douglas Reder - Desenho Livre; Marciel Conrado – Graffiti; Vantees – Fotografia e lambe-lambe e os convidados Fabrício Ribeiro e Jackson Vieira - Experimentação Musical, Lucas Delfino - Dança;  Antônio Camargo - Introdução ao audiovisual e Ruy Neto – Arte Brasileira.

O projeto será realizado em três etapas: a pintura dos murais, as oficinas on-line e a participação do convidado Santiago Rueda (Colômbia), doutor em Arte Contemporânea que ministrará uma conversa com a comunidade local de artistas, produtores e curadores no MuMa em data ainda a ser confirmada.  

Serviço:

Mais Cor, Mais Vida

Local: Colégio Estadual Professora Maria Balbina
Endereço: Konrad Adenauer, 668 - Tarumã
Intervenções: a partir de 11 de janeiro

Mais informações em http://maiscormaisvida.com

facebook.com/artemaiscormaisvida

instagram.com/maiscor.maisvida 


terça-feira, 29 de dezembro de 2020

Moda Brasileira é destaque da última emissão postal do ano

Nesta terça-feira (29), os Correios lançaram o Bloco Especial Série Mercosul: Moda. A última emissão de 2020 demonstra que o tema não se restringe às questões relacionadas a roupas, calçados ou joias, por exemplo. O conceito de moda perpassa, muitas vezes, os valores de uma nação, a descoberta de talentos, a expressão de atitude, comportamento, arte, cultura e estética. É um segmento que tem influência no mercado e na economia, que gera trabalho e renda, movimenta investimentos nas tecnologias têxteis e divulga valores como sustentabilidade, reciclagem, entre outros.

No ano em que o maior evento de moda do Brasil - o São Paulo Fashion Week (SPFW) -, comemora 25 anos, o bloco especial traz três selos com imagens muito representativas para o setor. Um deles tem o registro fotográfico de Nino Muñoz da supermodelo brasileira Gisele Bündchen, ícone mundial da moda.

Outra estampa traz a ilustração do ilustrador de moda Filipe Jardim, que já desenhou para grandes marcas internacionais como Hermès, Tiffany’s, Louis Vuitton e também para grifes nacionais Neon, Amapô, Água de Coco, entre outras.

O terceiro selo destaca a foto de Bob Wolfenson, um dos maiores fotógrafos da América Latina.

A arte da emissão foi finalizada em quadricromia e impressão offset, com tiragem de 30 mil blocos, e cada um dos três selo tem valor de 1º Porte da Carta (R$ 2,05).

As peças podem ser adquiridas na loja virtual e, a partir de janeiro de 2021, estarão disponíveis nas principais agências dos Correios do país.