segunda-feira, 28 de outubro de 2019

A realidade distorcida de PEOPLE vs PEOPLE

Crédito da foto: Elenize Dezgeniski

A partir do dia 7 de novembro de 2019, a Rumo de Cultura ocupa o Centro Cultural Sistema FIEP - sala Black Box com sua nova montagem: PEOPLE vs PEOPLE, de Diego Marchioro, Fernando de Proença e Isabel Teixeira. A temporada, gratuita, segue até o dia 14 de dezembro.

No centro da cena, uma entrevista aparentemente comum aos poucos se transforma em julgamento. Os dois atores explicitam a manipulação de discursos que, retirados de seus contextos, podem incriminar e condenar.

PEOPLE vs PEOPLE é a segunda peça da Te(a)tralogia da Manipulação que irá abranger quatro peças criadas por um mesmo grupo de artistas. Como base para a construção de uma linguagem própria, todas as peças têm como fio condutor a questão da manipulação em períodos específicos da história mundial. 

O foco principal é contar uma história que se desdobre num questionamento atual: até que ponto somos manipulados pela rede de sistemas visíveis e invisíveis que nos rodeiam? Temos real consciência dessa manipulação? É possível, nos tempos atuais, realizar o exercício de distanciamento histórico que nos permite entender o contexto onde estamos? 

A primeira peça da Te(a)tralogia foi LOVLOVLOV - peça única dividida em cinco choques, que estreou em Curitiba no ano de 2016, cumprindo temporada em cidades do Brasil até 2018. 

SOBRE PEOPLE vs PEOPLE

Como ponto de partida para a construção da nova peça, há o diálogo explícito com LOVLOVLOV – peça única dividida em cinco choques. Porém, nessa primeira montagem, o centro da ação era habitado pela personagem manipulada: Carmen Miranda. 

Em PEOPLE vs PEOPLE, o personagem principal é o discurso. Com o intuito de "aumentar a frequência" dessa figura do manipulador, optou-se por eleger a narrativa de um discurso coerente enquadrado numa realidade distorcida. A linguagem dos tribunais dá o tom da fala dos atores em cena. A ação é uma entrevista que aos poucos se transforma num julgamento. 

A construção dramatúrgica concentra diferentes discursos numa mesma linha, aparentemente coerente, convincente, persuasiva. Numa primeira parte da peça o espectador é levado a aceitar o discurso apresentado como uma realidade possível. A quebra da estrutura se dá quando a manipulação e a consequente descontextualização do discurso alteram o rumo da ação, invertendo a marcha dos acontecimentos e precipitando o desenlace. O que nos resta é o horror em seu sentido trágico. 

Este projeto é realizado com o apoio do Programa de Apoio e Incentivo à Cultura – Fundação Cultural de Curitiba e da Prefeitura Municipal de Curitiba, realização Rumo Empreendimentos Culturais, apoio Sistema FIEP – SESI PR, incentivo: Apolar Imóveis, CELEPAR e SELECTAS.

SERVIÇO

Centro Cultural Sistema FIEP - Sala Black Box

(Rua Paula Gomes, 270 | Edifício Dr. Celso Charuri | São Francisco |, Curitiba - PR, 80510-070 - Info:(41) 3271-9560/ (41) 99876 - 3596 )

de 07 a  16 de novembro - qui. e sex. às 20h - sábados às 18h e 20h

de 28 de nov a 14 de dez - qui e sex às 20h  - sábados às 18h e 20h

2 e 9 de dez. segundas às 20h

*07 de dez (sáb) não haverá apresentação

ENTRADA FRANCA* ingressos a partir de 1 hora antes de cada sessão - sujeito a lotação 



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