Foto: Amanda Vicentini |
Com direção de Eduardo Ramos e Michelle Moura e dramaturgia de Gustavo Marcasse, o trabalho se monta a partir do texto “Amor de Phaedra” da dramaturga britânica Sarah Kane; e tem, em seu elenco, artistas da dança, performance e teatro a fim de provocar uma fricção de linguagens a partir do mito grego originado por Eurípedes.
A hibridez das linguagens também é uma forma de resposta à metamorfose de todos os dramaturgos que abordaram o mito de Fedra. No texto de Sarah Kane podemos encontrar a espacialidade que Racine propõe no classicismo francês, a violência explícita do movimento teatral londrino da década de 90, gerando mais densidade trágica que os próprios mitos gregos. Sarah expõe em suas obras as vísceras humanas, o comportamento torto e falho da humanidade que, normalmente, é evitado em cena. Em 2019 pode-se perceber que a banalização da tragédia é ainda mais escancarada. O sensacionalismo da violência é algo pertencente e absolutamente normal no nosso dia a dia.
O espetáculo apresenta a família burguesa real do mito grego de Eurípedes. A Setra Companhia, na construção da cena, sentiu a necessidade de anteceder, trazendo personagens como Ariadne e ampliando a participação do herói Teseu, quase inexistente em todos os textos abordados, para expandir e desdobrar a falência da figura masculina heróica, introjetada na cultura da sociedade ocidental.
A degeneração social está presente na família. A rejeição do amor de Fedra por Hipólito é apenas mais um elemento da indiferença e desumanização que vemos todos os dias no nosso cotidiano.
Para encontrar tal grau de intensidade, a Setra Companhia reuniu para o elenco os artistas Maikon K., para a figura de Hipólito e a bailarina Cintia Napoli, para evocar tantas e tantas Fedras já soterradas. Os bailarinos Airton Rodrigues e Malki Pinsag trazem o mito anterior, como Teseu e Ariadne. E Rubia Romani se encarrega da personagem Strofe, filha fictícia de Fedra, inventada por Sarah Kane.
EQUIPE DE CRIAÇÃO
Elenco Airton Rodrigues | Cintia Napoli | Rubia Romani | Malki Pinsag | Maikon K
Direção Eduardo Ramos
Co-direção Michelle Moura
Dramaturgia, ilustração e projeções Gustavo Marcasse
Assistência de direção Leonardo Moita
Direção musical Edith Camargo
Composição musical Paul Wegmann
Figurino Eduardo Giacomini
Iluminação Lucas Amado
Cenografia Guenia Lemos
Maquiagem Marcelino de Miranda
Fotografia Amanda Vicentini
Operação de luz Augusto Ribeiro | Operação de som Cindy Napoli
Assessoria de Imprensa e Comunicação Fernando de Proença
Direção de produção Diego Marchioro | Produção executiva Cindy Napoli
Coordenação de produção Rumo Empreendimentos Culturais
Realização Cooperativa dos Profissionais de Arte e Cultura do Paraná, AP da 13, Rumo Empreendimentos Culturais e Setra Companhia
Incentivadores Cedip e Uninter, Lei Municipal de Incentivo à Cultura de Curitiba
*Projeto realizado com do apoio do Programa de Apoio e Incentivo a Cultura – Fundação Cultural de Curitiba, e da Prefeitura Municipal de Curitiba.
SERVIÇO
FEDRA EM: O FANTÁSTICO MUNDO DE HIPÓLITO
TEUNI – Teatro Experimental da Universidade federal do Paraná
(Rua XV de Novembro, 1299 - Centro, Curitiba – PR)
Telefone: (41) 3360-5066/ 99863596
Temporada:
15 de marco a 24 de março e 09 a 14 de abril
terça a sábado às 20h e domingo às 19h
Ingressos: R$20 (inteira) e R$10 (meia)
TEUNI – Teatro Experimental da Universidade federal do Paraná
(Rua XV de Novembro, 1299 - Centro, Curitiba – PR)
Telefone: (41) 3360-5066/ 99863596
Temporada:
15 de marco a 24 de março e 09 a 14 de abril
terça a sábado às 20h e domingo às 19h
Ingressos: R$20 (inteira) e R$10 (meia)
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