terça-feira, 23 de junho de 2009

grandes mestres da fotografia - Por Rafael Dabul


Se fosse feita uma enquete entre fotógrafos profissionais para se descobrir a qual pergunta respondem com mais frenquência, nove dentre dez responderiam: "filme ou digital?".
Esta semana a toda poderosa Kodak, a empresa responsável pela popularização da fotografia na sociedade contemporânea, anunciou o fim da fabricação de um dos seus filmes mais antigos e famosos, o Kodachrome. Após 73 anos de fabricação contínuaa Kodak decidiu parar de fabricar o produto devido aos péssimos números relativos a sua venda, que vinham caindo em ritmo acelerado nos últimos anos. O filme, que já foi "carro chefe" de vendas, era responsável por menos de 1% das vendas da divisão de filmes da empresa. Em contrapartida, fontes da própria Kodak afirmam que hoje em dia 70% do faturamento vem do consumo dos seus produtos digitais.
Mas o que isso significa? O Kodachrome era um filme mais utilizado por fotógrafos profissionais, e por alguns amadores mais entendidos do assunto. A extinção deste produto é reflexo de que grande maioria dos fotógrafos profissionais, que era o último reduto da existência do filme, converteram seus processos de analógicos para digitais. Isso se deve a vários fatores dentre os quais: custo, rapidez no processo de trabalho e desenvolvimento da tecnologia de imagem digital.
O filme vai morrer? Dificilmente. O filme será comercializado em quantidades menores, mas para públicos mais restritos (entusiastas e artistas, por exemplo) que pagarão o elevado preço de se utilizar esta técnica de capturar imagens. O filme, que deteve o papel principal na fotografia no século XX passa agora a ser mero coadjuvante para o novo protagonista que veio para ficar, a tecnologia digital. Esso fato com certeza não agrada a todos, mas essa é a postura que indústrias como a Kodak passaram a adotar neste início do século XXI.
Assim, quem sabe, muitos fotógrafos profissionais fiquem um pouco aliviados de não ter que responder a pergunta citada no ínicio deste texto.
Rafael Dabul - fotógrafo

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