quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

1º DJ do Brasil estará em Curitiba



No próximo dia 20 de dezembro (sábado), acontece no Jokers o Baile de Fim de Ano. Como atração principal a casa recebe Osvaldo Pereira, criador da Orquestra Invisível e o primeiro DJ brasileiro.
Osvaldo Pereira iniciou a carreira de disque-jóquei há 50 anos. Desde então, ele acompanhou as mudanças tecnológicas dos aparelhos de som, viu surgirem e morrerem estilos musicais e teve participação ativa no fortalecimento da febre das discotecas e da cultura clubber no pais.

Atrás de suas pick-ups (ou toca-discos, como queiram), o primeiro maestro eletrônico brasileiro surpreende, ao mesclar os mais variados estilos musicais, dos mais nostálgicos aos mais "modernos". A preocupação de Osvaldo é uma só: "O DJ deve ter sensibilidade para tocar o que faz o pessoal dançar".


O Baile de Fim de Ano também conta com as participações especialíssimas de Soundman Pako e o Mestre de Cerimônias Marcos Neguers


Horário
: 22 horas

Local
: Jokers Pub Café
Rua São francisco, 164


Ingressos limitados e antecipados na Kitinete (Rua Duque de Caxias, 175)


História

Aos 22 anos, em 1954, após completar um curso por correspondência de rádio e TV promovido pela National School, dos EUA, Osvaldo ganhou um emprego na Eletro Fluorescentes Arpaco Ltda., loja de equipamentos eletrônicos no nº 209 da r. Guaianazes, na esquina com a R. Vitória, em São Paulo.
O dono do estabelecimento, um armênio simpático que falava cinco línguas e atendia por Sharom, foi com a cara do tímido Osvaldo e delegou-lhe uma importante tarefa: “Ele queria que montássemos amplificadores de alta fidelidade, que estavam chegando ao mercado”. Apaixonado por música, seu Osvaldo aproveitou o conhecimento adquirido na loja para construir seu próprio equipamento de som: um sistema de som de alta fidelidade
.

Com o potente aparelho, em meados de 1958 ele foi convidado a colaborar com o som de casamentos e de aniversários na região da Vila Guilherme (zona norte de SP). Ali passou a ficar como “efetivo” no manuseio das bolachas. Era ele quem comandava as músicas do início ao fim das festas e utilizava seus toca-discos para embalar e os donos de salão solicitavam faixas dos discos que queriam ouvir, sem critério, ordem ou constância com o intuito de apenas animar a festa.

No ano seguinte, foi chamado para tocar em um “piquenique” em Itapevi (Grande SP) - entre aspas porque esse piquenique não envolvia cesto de comida, toalha na grama e clima romântico. “Piquenique era uma espécie de rave da época.

A fama de Osvaldo Pereira crescia no circuito “clubber” da São Paulo do final dos anos 50. Ganhou o cargo de DJ oficial do Club 220, que rolava nas tardes de domingo no 17º andar do edifício Martinelli, centro de SP. Batizou suas performances de Orquestra Invisível Let’s Dance -depois alterada para High Fidelity Let’s Dance.

A carreira de DJ de seu Osvaldo durou dez anos. Em 1968, deixou os toca-discos para trabalhar na Philco.

Em 1968, ele voltou a discotecar por duas vezes. No lançamento do livro “Todo DJ Já Sambou”, em 2003, e em uma noite no extinto clube Soul Sister, no Itaim Bibi, em 2005.

Hoje aos 73 anos, Osvaldo Pereira volta a pilotar um toca-discos em bailes e, junto com seus discípulos, os filhos DJ Tadeu e DJ Dinho, não deixam a musica parar, continuando a fazer todos curtirem os bailes e o agito de antigas e novas gerações.


As informações são de Márcia Toledo

Nenhum comentário: