quinta-feira, 25 de junho de 2009

ÔRÍ, documentário de Raquel Gerber, estréia amanhã


Rodado durante 11 anos (de 77 a 88) no Brasil e na África, documentário é fruto de encontro da pesquisa cinematográfica de Raquel Gerber com pesquisa histórica de Beatriz Nascimento

Iniciado em São Paulo, Ôrí documenta os movimentos negros brasileiros entre 1977 e 1988, passando pela relação entre Brasil e África, tendo o quilombo como idéia central de um contínuo histórico, e apresentando como fio condutor a história pessoal de Beatriz Nascimento, historiadora e militante, falecida trágica e prematuramente no Rio de Janeiro, em 1995. O filme também mostra a comunidade negra em sua relação com o tempo, o espaço e a ancestralidade, através da concepção do projeto de Beatriz, do “quilombo” como correção da nacionalidade brasileira.

Concebido em época de grande impacto sócio político e cultural no Brasil, Ôrí busca a consciência do homem em relação à História e à reconstrução da identidade, pela unificação da consciência: todas as filosofias, um só pensamento. O documentário recupera junto aos movimentos negros a imagem do “herói civilizador” Zumbi de Palmares em busca de uma identificação positiva para o homem negro moderno e livre.

A palavra Ôrí significa cabeça, consciência negra, e é um termo de origem Yoruba (ref. à África Ocidental).

Serviço:
Unibanco Arteplex Crystal - sala 1, às 17h20.

Ôrí, de Raquel Gerber
Brasil, 1989, 35mm, cor, 91’ – Cópia restaurada digitalmente em Hdcam SR.

Diretora: Raquel Gerber
Roteirista: Maria Beatriz Nascimento
Classificação: 12 anos
Idioma: Português
Cor: Colorido

Informações da F&M Procultura

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