sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

De elefantes e amendoins

Nesta quarta-feira, ao chegar em casa, resolvi comer amendoins. Com casca, à moda antiga, de quebrar com os dedos e encontrar pequenos tesouros. Em um ligeiro devaneio vieram à lembrança Dumbo e os demais elefantes de desenho animado. Eles também comiam amendoins. Com casca, sugados pela tromba. Aliás, um amendoim seria uma verdadeira isca para elefantes, capaz de arrastar uma manada para o mercado municipal ou, então, para dentro de uma calha ou de um balde minúsculo (coisas de desenho). Seus concorrentes mais próximos seriam os camundongos, igualmente capazes de empurrar um paquiderme para longe, mas em em um processo de susto-preseguição-fuga. Veio a pergunta: será que elefantes são, mesmo, apaixonados por amendoins? O temor dos ratos até que se justifica, visto que os roedores poderiam entrar nos ouvidos dos animais e causar dores difíceis de descrever. Agora, amendoins? Duvido que os bichões consigam ver os ditos cujos, a menos que concentrados (não os elefantes, mas os amendoins) em uma barrica ou no chão. Mal comparando, seria o mesmo que uma criança comer uma única bolinha de sagu de leite - até dá, mas certamente não tem gosto de nada. Deixei um punhado de cascas dentro do lixo e fui até a geladeira, onde encontrei um belo pedaço de queijo. Tirei uma lasca generosa e recordei outra história: a de que queijo é bom para a memória; quem come, não esquece de nada. Memória de elefante. Aliás, elefantes comem queijo? Só se for com pasta de amendoim.

R.W.Apolloni

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